Planos para 2024? Já sabe como desenvolver uma cultura organizacional eficiente para potencializar o âmago das empresas e holdings familiares?
É certo que uma cultura organizacional no dia a dia das empresas pode aprimorar a gestão, garantir transparência, ética e responsabilidade. Todavia, como implementá-la?
Recentemente, muito se fala em governança corporativa, que, ao fim e ao cabo, consiste na forma como as empresas ou organizações são administradas, reguladas e controladas.
A governança corporativa (GC), visa proteger o interesse de todos os envolvidos, como, por exemplo, investidores, clientes, funcionários, acionistas e, também, busca promover uma gestão eficiente e sustentável para as empresas.
Para tanto, os princípios norteadores da governança corporativa devem ser observados, tais como: (i) a transparência, que envolve a divulgação das informações relevantes sobre a empresa; (ii) a equidade, que consiste em um tratamento justo de todas as partes; (iii) a prestação de contas, que envolve a responsabilidade dos gestores em relação ao desempenho da empresa e, é claro, (iv) a responsabilidade corporativa, que se refere aos impactos éticos da atividade empresária.
Desta maneira, a implementação de práticas de uma governança corporativa eficiente é capaz de garantir a sustentabilidade e o sucesso empresarial ao longo prazo.
A título exemplificativo, traz-se à baila o famosíssimo caso da família Gucci, em que a governança corporativa e o planejamento patrimonial, caso implementados durante a gestão familiar e de forma eficiente teriam sido fundamentais, e permitiriam, que a própria família continuasse o legado da marca.
No caso em comento, a falta de consenso foi suficiente para causar não só crises financeiras como também crises familiares. Em meados de 1993, o sucessor encerrou a história da família na marca ao vender a sua participação na empresa, devido aos gastos excessivos e dívidas.
No Brasil, as empresas familiares desempenham um papel significativo na economia brasileira e representam 90% (noventa por cento) das empresas em atividade. No entanto, um dos principais desafios enfrentados pelas empresas familiares certamente é dar continuidade à atividade empresarial, ou seja, garantir a permanência da empresa através de gerações.
Para que a transição entre as gerações da família seja bem-sucedida, necessário se faz um planejamento sucessório bem alinhado. Além disso, a prática de estruturas de governança corporativas adequadas como conselhos de administração independentes e acordos familiares são essenciais para que, em uma empresa familiar, a identidade, os valores e os propósitos sejam mantidos.
Assim, tais condutas serão suficientes para formar uma equipe familiar de gestão sólida e capaz de levar as atividades empresariais por várias gerações.